segunda-feira, 31 de maio de 2010

I CONGRESSO MUNICIPAL DA UJS JOAÇABA FOI UM SUCESSO.






No Ultimo sábado, dia 29/05/2010, ocorreu no município de Joaçaba o 1º Congresso Municipal da UJS (União da Juventude Socialista). O congresso contemplou seis municípios da região do meio oeste catarinense, onde em quatro mesas de discussões foram debatidos assuntos como a fundação da Umes em Joaçaba, a importância de trabalhar a base dentro dos colégios com os Grêmios Estudantis, os 50% do fundo do Pré-Sal para a educação, sobre as bandeiras de lutas do movimento estudantil para o segundo semestre. as mesas tiveram grande participação dos jovens presentes no congresso sendo muito proveitosas.

O congresso Estadual foi posto em discussão e a sua importância para a juventude da região, pois o futuro de nossa entidade pelos próximos dois anos será definidos neste congresso. No final do Congresso os presentes tiveram o prazer de poder estar participando da mesa de enceramento com o camarada Valduga e o Camarada Comassetto, ambos do PCdoB de SC, onde expuseram diversas situações da militância, e ouviram propostas da juventude da região do meio oeste.

Logo após a noite ocorreu a festa de enceramento no Caffé Pinhão em Joaçaba, onde os mais de 200 jovens que estavam presentes puderam ouvir muito rock nacional e Grunge com as bandas Tijolo Maciço e Excluídos da Placenta, a festa de enceramento foi um sucesso de público.

Desde já parabenizo a todos os envolvidos pelo grande evento do início até o final, uma aula de organização e mobilização. Parabéns Juventude Socialista de Joaçaba.



Fonte: UJS Joaçaba

quarta-feira, 26 de maio de 2010

UNE lança cartilha "50% do Fundo do Pré-Sal para a Educação e Pela Nova lei do Petróleo"

O material será distribuído nas escolas e universidades e faz parte da campanha de mesmo nome, lançada ontem, 14 de outubro.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) encabeça mais uma vez uma campanha em defesa da soberania e do desenvolvimento do Brasil. Movidos pelos mesmos ideais das décadas de 1940 e 1950, na campanha vitoriosa “O Petróleo é Nosso!”, os estudantes lançaram ontem, quarta-feira, dia 14, em Brasília, a campanha “50% do Fundo do Pré-Sal para a Educação e Pela Nova lei do Petróleo”. Entre o material de divulgação da campanha está a cartilha, que já está sendo distribuída para estudantes secundaristas e universitários, em todo país. Ela está disponível na versão impressa e para download no site da entidade.

A intenção é sensibilizar os jovens para aderir à campanha e às manifestações do movimento estudantil. “Queremos contagiar toda a sociedade em defesa da Educação brasileira”, afirma Augusto Chagas, presidente da UNE.

O que é a campanha?

O anúncio da existência de petróleo em águas profundas da costa brasileira está mobilizando diversos setores da sociedade. Os estudantes exigem que metade de todos os recursos que serão destinados ao fundo social, que será criado pela União, seja aplicado na Educação do país.

Nos últimos anos, a empresa brasileira investiu pesado em pesquisa e em tecnologia. Tal esforço gerou a descoberta de uma extensa reserva do óleo na camada pré-sal, que pode quintuplicar as reservas do país. Os atuais 14,2 bilhões de barris de petróleo podem chegar a 70 bilhões. Por isso, a UNE volta a mobilizar a sociedade na luta para garantir que tamanha riqueza seja também revertida no desenvolvimento social. Como diz um dos motes adotados pelo movimento estudantil: “Da campanha ‘O Petróleo é Nosso’ ao Pré-Sal: A UNE a favor do Brasil!”.

Com relação aos riscos ambientais, a entidade defende que sejam seguidos os indicativos dos estudos de impacto ambiental e que se empregue os recursos obtidos com o petróleo em energias renováveis. Assim, será possível diversificar ainda mais nossas matrizes energéticas.

Outro ponto importante na campanha da UNE é a defesa de um novo marco regulatório do petróleo, que garanta o controle estatal da produção do petróleo. “A idéia é fortalecer a Petrobras, patrimônio conquistado na campanha “O Petróleo é Nosso!”, lembrou Chagas.

O Petróleo é Nosso!

A campanha pela autonomia brasileira na área petrolífera foi uma das mais polêmicas e uma das mais lembradas em toda a história do Brasil republicano. Entre 1947 e 1953 o país ficou dividido entre os que defendiam a exploração do petróleo exclusivamente por uma estatal brasileira e os que acreditavam que o refino e distribuição deveriam ser atividades exploradas por empresas privadas estrangeiras com tecnologias mais avançadas. Juntamente com militares e parte da sociedade, a UNE encabeçou a campanha "O Petróleo é Nosso!" que culminou na criação da Petrobras, em 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas.

Confira a Cartilha dos estudantes por 50% do Fundo do Pré-Sal para a Educação:
http://admin.paginaoficial1.tempsite.ws/admin/arquivos/biblioteca/revista_presal_artefinal5652.pdf

Fonte: UNE http://www.une.org.br/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pré-sal pra Educação: ato vitorioso em Brasília


Em mais um grandioso ato do movimento estudantil, 5 mil pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para reivindicar os 50% do Fundo Social do Pré-sal para a Educação.

“Em ato emocionante, mostramos a combatividade do movimento estudantil. Trouxemos de volta pauta de interesse nacional”, disse Augusto Chagas, presidente da UNE. "A juventude brasileira mostrou que não abre mão dos 50% do Fundo Social do pré-sal", afirmou o presidente da UBES, Yann Evanovick.

Dando continuidade à Jornada de Lutas de 2010, o movimento estudantil, liderado por representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União nacional dos Estudantes (UNE) e pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) novamente deu o seu recado. Na manhã desta quinta-feira, 20, cerca de 5 mil pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para reafirmar o desejo dos jovens em todo o Brasil: a destinação de 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para a Educação.

Com a finalidade de cada vez mais fortalecer o movimento junto aos Senadores, os estudantes protagonizaram momentos de muita alegria em um dos atos mais emocionantes da jornada desse ano. Os estudantes se concentraram em frente ao Museu Nacional Honestino Guimarães e partiram em passeata até o Congresso Nacional.

Na linha de frente da manifestação, jovens trouxeram baterias que embalaram gritos de “o pré-sal é nosso”, enquanto, em frente à Esplanada dos Ministérios, balões verde e amarelo pintou o céu azul da capita do Brasil. Lá, todos cantaram o hino nacional brasileiro. Lideranças estudantis de vários estados também participaram do ato.

“A juventude brasileira mostrou que não abre mão dos 50% doFundo Social do Pré-sal para a Educação”, comemorou Yann Evanovick, presidente da UBES. Augusto Chagas, presidente da UNE, considerou o ato de grande valor para legitimar o desejo dos jovens brasileiros junto aos senadores.

A tendência é que a proposta seja aprovada no senado. "A expectativa é muito positiva”, revelou Chagas, antecipando que as belas cenas de hoje devem se repetir em breve. Os estudantes voltarão ao Congresso em 8 de junho, quando os projetos irão finalmente a plenário.

Foto: Antônio Cruz/ABr
Fonte: http://www.une.org.br/

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Senado aprova projeto de reconstrução da sede da UNE e da UBES


Foi aprovado o projeto de lei que garante a indenização da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) pelo incêndio da sede das entidades ocorrida durante o regime militar. O Estado pagará com a reconstrução da sede no histórico endereço da Praia do Flamengo, 132, com projeto doado por Oscar Niemeyer.

Em 10 de maio de 2007 o arquiteto Oscar Niemeyer entregou o projeto da sede às entidades estudantis. O projeto (PLC 19/10) tramitava em caráter terminativo e foi aprovado nesta quarta-feira (19/5), por volta de 13h30, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Como já havia passado pela Câmara, o projeto segue agora para sanção presidencial.

O texto aprovado reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro pelo incêndio da sede das entidades estudantis durante o regime militar e cria uma comissão de representantes do governo destinada a fixar o valor e a forma de indenização que o Estado deverá pagar. O valor da indenização a ser apurado por esse grupo de trabalho não poderá ultrapassar o limite de seis vezes o valor de mercado do terreno localizado na praia do Flamengo.

Para o presidente da UNE, Augusto Chagas, o trâmite do projeto no Congresso Nacional demonstra a importância do tema para a democracia do país. "O PL foi relatado por parlamentares de todos os grandes partidos, foi aprovado por unanimidade por todos os partidos, em todas as comissões". Augusto ressalta, entretanto, que ainda há muito trabalho a ser feito "até que o primeiro trator entre no terreno".
"É resultado da luta de toda uma geração", constatou Yann Evanovich, presidente da UBES.

A sede abrigará também as entidades criadas após o incêndio, como a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e o Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).

A presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, comemorou a vitória reivindicando a sanção presidencial: "Esta vitória representa um reconhecimento de toda a contribuição do movimento estudantil à democracia brasileira. Agora aguardamos ansiosos a sanção presidencial para batalhar a construção do projeto que nos foi presenteado pelo arquiteto Oscar Niemeyer".

Há dois anos, o presidente Lula visitou o terreno na Praia do Flamengo, 132, e prometeu garantir a reconstrução da sede das entidades no Rio de Janeiro, que foi metralhada, depredada e incendiada no primeiro dia do golpe militar de 64. Os escombros ficaram sob responsabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, quando líderes estudantis começaram a se mobilizar para retomá-lo, o que ainda restava foi demolido em 1980, no governo João Figueiredo.

Nova Sede

O projeto de reconstrução foi presenteado aos estudantes pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 2007. As pranchetas do velho comunista prevêem um centro cultural, uma biblioteca, um auditório e um museu, um restaurante, dois teatros e um prédio de 13 andares.

Do prédio situado na praia do Flamengo, estudantes brasileiros conduziram lutas contra o Estado Novo, em defesa do petróleo e por uma escola pública de qualidade. Ali o presidente João Goulart foi, com todo o seu ministério, agradecer a participação dos estudantes na campanha da legalidade que lhe garantiu assumir a Presidência da República depois da renúncia de Janio Quadros.

A sede dos estudantes foi o centro político nevrálgico do Rio de Janeiro e do Brasil nos conturbados anos 60, de acordo com o testemunho do ex-deputado Aldo Arantes, que presidiu a entidade. Arantes diz que o prédio era conhecido à época como a "Casa da Resistência Democrática".

De São Paulo, Luana Bonone, com Estudantenet

Fonte: Portal Vermelho http://www.vermelho.org.br/

domingo, 16 de maio de 2010

SC: A luta contra o aumento da tarifa continua

O protesto contra o aumento da tarifa do transporte público em Florianópolis se intensifica. A massa de manifestantes cresce, assim como a indignação dos habitantes da capital catarinenses, cansados dos abusos.

Na última quinta-feira, 13 de maio, pelo menos 5 mil pessoas, na maioria estudantes, ocuparam as ruas de Floripa para protestar contra o reajuste na tarifa do ônibus.

Houve tumulto no meio da passeata, “quando alguns policiais empurraram os estudantes pra evitar que ocupassem uma avenida nas duas mãos na Mauro Ramos”, informou estudante presente no ato. A primeira parada foi em frente da Assembleia Legislativa, depois em frente à Câmara de Vereadores.

Foi também um ato irreverente, com atividades culturais, como homens de perna-de-pau, palhaços e músicos que tocando instrumentos: flautas, pandeiros e gaita sanfona. “O movimento era puxado pelos estudantes, mas tinha a participação também dos cidadãos, de movimentos comunitários, sindicatos, partidos políticos e entidades estudantis”, contou Vander Rodermel, presidente da União Catarinense de Estudantes.

Em frente à Prefeitura, os estudantes fizeram o velório simbólico do transporte público, de má qualidade, da cidade, retornando depois ao Terminal Central, local onde finalizaram o ato com uma grande assembleia.

No final de semana os manifestantes preparam a programação dos próximos dias em reuniões, no DCE da Federal de Santa Catarina.

Fonte: UNE http://www.une.org.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

REUNIÃO MUNICIPAL DA UJS JOAÇABA FOI UM SUCESSO!!!




Ocorreu no dia 11/05/2010 a Reunião da UJS Joaçaba. Reunindo mais de 30 jovens e contemplando mais de seis municípios do Meio-Oeste Catarinense a reunião municipal da União da Juventude Socialista em Joaçaba foi um sucesso, tendo reunindo alunos secundaristas e universitários da região.

A reunião foi iniciada com um debate sobre a importância da fundação da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) dentro dos municípios contemplados e a importância para o desenvolvimento social, político e intelectual dos jovens. Foi votado e decidido a direção provisória secundarista, que iram começar a divulgar nos colégios da região a importância de ser ter uma entidade da força de uma UMES em seu município e futuramente fundá-la Joaçaba.

Dentro do panorama Universitário as discussões foram voltadas para o CEE da UCE da importância do município e da universidade estarem sendo representadas pelos seus delegados no congresso.
Outro ponto foi à elaboração da comissão organizadora para a realização do Congresso Municipal da UJS no final desse mês, sendo discutidos vários outros pontos que estavam em pauta.

A reunião da Municipal da UJS foi um sucesso de público e participação, a UJS Joaçaba desponta com uma das principais sedes municipais demonstrando que a cada reunião o trabalho dessa juventude de Joaçaba é séria e tende a crescer cada vez mais. Porque “FORÇA QUE CRESCE, AQUI É UJS “.

Fonte: UJS Joaçaba

segunda-feira, 10 de maio de 2010

REUNIÃO MUNICIPAL DA UJS EM JOAÇABA 11/05/2010

Floripa: Estudantes protestam contra aumento de tarifa nos ônibus





Cerca de 450 estudantes saíram em passeata no início da tarde desta sexta-feira, 7, na capital de Santa Catarina, para protestar contra reajuste abusivo da passagem de ônibus – que passou de R$ 2,80 para R$ 3,12, um aumento de 12%.

Reunidos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os manifestantes rumaram para o centro de Florianópolis com faixas e cartazes chamando a atenção dos passantes e mostrando que a luta é de toda a população.

"É um absurdo. Os empresários dos transportes alegam que precisaram fazer o reajuste para conceder aumento salarial aos trabalhadores. Ou seja, desse modo o usuário é quem paga, ao invés de a prefeitura aumentar os subsídios do transporte", afirmou Carina Vitral, aluna de economia da UFSC.

A redução das tarifas de transporte é uma pauta antiga do movimento estudantil em Santa Catarina. Militantes logo se lembram da "Revolta da Catraca", que aconteceu em 2004 na capital do estado e provocou grande mobilização popular contra o aumento das tarifas dos ônibus urbanos.

"O ato foi importante porque trouxe à tona novamente o [debate sobre] transporte coletivo, que deve sofrer reajuste no próximo domingo", disse Gustavo Dall’Agnol, que cursa Relações Internacionais na UFSC e estava na manifestação.

Ele aponta que houve certa repressão da polícia quando chegaram ao centro. E critica também as "desculpas" usadas pelos donos das empresas concessionárias. "Reivindicamos também a municipalização do transporte público, que hoje fica na mão de meia dúzia de empresários que definem as políticas. Eles justificam o aumento para suprir o reajuste salarial, mas quem recebeu 12% a mais no salário?", provoca.

Sobre a Revolta da Catraca

A primeira "Revolta da Catraca" ocorreu em 2004 também pedindo redução da passagem. Na ocasião, milhares de pessoas, de diversos segmentos sociais, foram às ruas, fecharam as pontes que ligam a ilha ao continente, realizaram assembleias, enfrentaram a polícia, até que conseguirem que a tarifa retornasse ao preço anterior.

Em 2005, o aumento se repetiu e as mobilizações também, com mais intensidade e mais impacto sobre a cidade. A tarifa de novo foi reduzida.

Fonte: ujscatarinense.blogspot.com

sábado, 8 de maio de 2010

Vietnã celebra 35 anos da vitória contra os EUA




Ainda amanhecia quando milhares de vietnamitas, organizados em colunas, começaram a se aproximar do Parque 30 de Abril, diante do antigo palácio presidencial, na cidade de Ho Chi Minh. Sindicatos, universidades, fábricas e organizações camponesas enviaram suas delegações, além das forças armadas. Respondiam à convocação para a manifestação que celebraria o triunfo do Vietnã socialista contra o governo de Saigon (velho nome da cidade) e seus aliados norte-americanos.
Não foi um comício de tipo ocidental. O horário já era extravagante. Todos estavam avisados que as atividades começariam pontualmente às 6h30 e estariam encerradas três horas depois, antes que o calor alucinante de Ho Chi Minh vencesse o dia. Quem ocupava as arquibancadas armadas no caminho central do parque eram as autoridades e os convidados. Os cidadãos, com seus agrupamentos, foram os responsáveis pelo espetáculo.

Poucos discursos, apenas quatro – e religiosamente cronometrados. O primeiro secretário do Partido Comunista do município falou por 20 minutos. Depois vieram o presidente da Associação dos Veteranos de Guerra, o secretário-geral da federação sindical local e o presidente da Juventude Comunista de Ho Chi Minh – cada qual com direito a 10 minutos de discurso. O presidente da República, Nguyễn Minh Triết, 68, um sulista que teve participação discreta na guerra e está no cargo desde 2006, apenas assistiu, junto com outros dirigentes.

Aproximadamente 50 mil pessoas desfilaram diante das tribunas. Grupos teatrais representaram momentos da guerra de 21 anos contra os norte-americanos e o então Vietnã do Sul. Muita música, até com um pouco de ritmo pop, além dos acordes previsíveis da Internacional (o histórico hino socialista) e de canções revolucionárias. Depois, uma longa marcha, com militares, trabalhadores, mulheres, intelectuais, estudantes, camponesesm com suas faixas e bandeiras, além de modestas coreografias.

Mas a maior emoção estava no rosto dos veteranos de guerra. Um deles era o coronel Nguyễn Van Bach, de 74 anos, cabelos inteiramente brancos. Nascido na província de Bình Dương, no sul do país, integrou-se à luta armada em 1947, aos 11 anos. Ainda era a época da guerra contra os franceses, que não aceitavam a independência conquistada em 1945, sob a liderança do líder comunista Ho Chi Minh.

Van Bach ainda combatia no final de abril de 1975. Fazia parte das tropas guerrilheiras. Estava em um destacamento que já controlava a cidade de Tan An, na província de Long An, localizada no delta do rio Mekong. Foi lá que soube da queda de Saigon nas mãos de seus camaradas. “Tive uma alegria tão grande que provocava lágrimas”, lembra-se. Ainda se emociona, como vários de seus amigos, quando se recorda dessa data.

Afinal, no dia 30 de abril de 1975, encerravam-se mais de 30 anos de guerra regular ininterrupta. Desde que fora formado o primeiro pelotão da guerrilha comunista, em dezembro de 1944, sob o comando de Võ Nguyên Giáp, braço direito de Ho Chi Minh, os vietnamitas enfrentaram sucessivamente invasores japoneses, franceses e norte-americanos.

Colonia francesa desde 1856, o Vietnã foi ocupado pelas tropas nipônicas durante a Segunda Guerra Mundial. Os comunistas assumiram a linha de frente na luta contra os soldados de Hiroito, aproveitando o colapso de Paris às voltas com a ocupação nazista. Lideraram uma frente de várias correntes políticas, denominada Vietminh, e declararam a independência do país depois da capitulação japonesa, em agosto de 1945. No dia 2 de setembro do mesmo ano nascia a República Democrática do Vietnã.
Derrota norte-americana

Washington se viu forçado às negociações de Paris, que levariam à retirada de seus soldados em 1973. O regime de Saigon ficou por sua própria conta. Não permaneceu de pé por muito tempo. Em 1975, o Vietnã reconquistava sua unidade nacional e os comunistas venciam a mais duradoura guerra do século 20.

Os mortos vietnamitas, civis e militares, chegaram a três milhões, contra apenas 50 mil “sobrinhos” do tio Sam. Dois milhões de cidadãos, incluindo filhos e netos da geração do conflito, padecem de alguma deformação genética provocada pela dioxina, subproduto cancerígeno presente no agente laranja, fartamente empregado pelos norte-americanos. Além das perdas humanas, a economia do país foi quase levada à idade de pedra, como preconizava o general norte-americano Curtis LeMay.

Mas quem desfila a vitória, ainda assim, é o Vietnã. Os norte-americanos foram ocupar o mesmo lugar na galeria de fotos que japoneses e franceses, para não falar dos chineses: o de agressores colocados para correr. “Nossa estratégia se baseou em uma ideia simples: a da guerra de todo o povo”, enfatiza o general Công. “Não havia um centímetro de nosso território no qual os norte-americanos podiam ficar tranquilos. Eles perderam para o medo.”

Essas são águas passadas, porém. Das quais ficam lições, estímulos e valores, é certo, além de grandes livros, fotos e filmes. Mas não resolvem os desafios da paz. Os vietnamitas, nesses 35 anos, tiveram que cuidar de outro problema, para o qual a guerrilha e seus inventos não eram solução. Como alimentar e desenvolver uma nação tão pobre e destruída? Essa é a outra história do Vietnã indomável.

Fonte: Opera Mundi